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Parábola: a Verdade e a Mentira

Em tempos de fake news, o post de hoje é para refletirmos se preferimos a verdade nua e crua ou a mentira vestida de verdade.
La Vérité sortant du puits armée de son martinet pour châtier l’humanité
 (A Verdade saindo do Poço)
Jean-Léon Gérôme
1896
Conta uma parábola judaica que certo dia a mentira e a verdade se encontraram.
A mentira disse para a verdade:
– Bom dia, dona Verdade.
E a verdade foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva, vários pássaros cantavam e vendo que realmente era um bom dia, respondeu para a mentira:
– Bom dia, dona mentira.
– Está muito calor hoje, disse a mentira.
E a verdade vendo que a mentira falava a verdade, relaxou.
A mentira então convidou a verdade para se banhar no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
-Venha dona Verdade, a água está uma delícia.
E assim que a verdade sem duvidar da mentira tirou suas vestes e mergulhou, a mentira saiu da água e vestiu-se com as roupas da verdade e foi embora.
A verdade por sua vez recusou-se a vestir-se com as vestes da mentira e por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar na rua.
E aos olhos de outras pessoas era mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua.”

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Exposição “Entre Formas, Pássaros e Cores” na Galeria 22 – até 13 de abril

O Sciacco Studio apresenta de até 13 de abril, a exposição coletiva ‘Entre Formas, Pássaros e Cores’, na Galeria 22 (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 417).

Composta por cinco artistas: Carla P. Del Nero, Evelina Villaça, Márcia Del Nero, Regina F. Helou e Victor Chahin, a mostra apresenta mais de 20 trabalhos, sendo eles: fotografias, esculturas e pinturas, que discutem a leveza da natureza e as formas humanas.

Com texto do crítico Enock Sacramento, a exposição tem como pano de fundo o “Poeminha do Contra”, de Mário Quintana, “Eles passarão…/ eu passarinho”, que faz um trocadilho, transformando o verbo em substantivo e o substantivo “passarinho” em verbo: eu ficarei, eu permanecerei.

“Os pássaros são o tema principal das fotografias que Victor Chahin apresenta nessa mostra. Ele descobriu a natureza e o amor por ela, pelas mãos de seu professor de Biologia, no início da adolescência, paralelamente à fotografia. Esse sentimento cresceu nos anos seguintes durante seus contatos com o fotógrafo Araquém de Alcântara, com quem fez numerosas incursões pelas matas brasileiras.

Carla P Del Nero também tem na fotografia seu meio eletivo de expressão. Ela vem captando aspectos da natureza, sobretudo imagens de plantas e pássaros desde 2008. A partir de então, todo o seu tempo livre é usado em incursões ambientais naturais, onde a artista encontra uma diversidade de formas, cores e ritmos.

A artista Regina F Helou usa imagens fotográficas como apoio de suas obras, por ela intituladas de fototelas. Imagens reais são transformadas, deformadas, transfiguradas, dando origem à outra realidade, misteriosa e instigante. A artista cria assim, outra realidade que é sua obra de arte, que passa a ter vida autônoma, independente.

Escultora, Evelina foi atraída pela técnica do vidro fundido (fusing glass), que consiste na fusão do vidro em fornos de alta temperatura. Com esse material, produz objetos de arte variados, apresentados isoladamente, em conjunto e até mesmo em forma de instalações. Ela também usa resina na criação de suas figuras, sobretudo femininas, tirando partido não somente das formas, mas também das cores e das transparências.

Com referências na pintura, Márcia Del Nero traz trabalho surrealista. Tendo recebido orientação de Israel Kislansky, vem desenvolvendo uma obra escultórica, que privilegia a figura humana, que ela modela acentuando formas que conferem a elas uma expressividade extraordinária. Estas intervenções consistem em alongamentos e intumescimentos de elementos faciais, tais como olhos, nariz, boca, orelhas. O mesmo procedimento está presente, de maneira menos acentuada, nas figuras de animais.”

Serviço:

“Entre Formas, Pássaros e Cores

Data: até 13/04

Horário: De segunda a sexta-feira das 10h às 18h, aos sábados com hora marcada.

Entrada: Gratuita

Endereço: Galeria 22 – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 417 – Vila Nova Conceição, São Paulo – SP.

galeria22.com

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Sciacco Studio sciaccostudio.com

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Escultura em bronze de Márcia Del Nero

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Fotografia de Carla P Del Nero

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Obra de Regina F Helou

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Um cão chamado Jimmy por Rafael Mantesso

Este livro,”Um cão chamado Jimmy” criação de Rafael Mantesso, tem como protagonista seu charmoso bull terrier branco chamado Jimmy Choo.

Tudo começou depois do casamento desfeito do artista. Sozinho com Jimmy, o designer brasileiro começou a desenhar e criar situações bem humoradas e criativas onde seu dog era o personagem principal.
“Depois do meu divórcio, tudo o que eu tinha era Jimmy e paredes vazias. Percebi que elas dariam ótimas telas de fundo para fotos, tendo Jimmy como a estrela”, disse Mantesso.

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Uma das ilustrações do livro

Ele conta que logo que Jimmy chegou tinha que ficar na varanda, só ficava solto quando o casal estava em casa. Neste meio tempo, Jimmy passou por um período de adestramento e hoje vive solto e feliz por todo o espaço do apê. Dorme na poltrona ou na cama quando está frio. Rafael conta também que tem uma rotina diária de passeios com Jimmy. Não importa a hora, chegando em casa, tem que dar uma volta com seu amigo.

Jimmy Choo virou uma celebridade. Através do instagram conquistou muitos fãs e seguidores e chamou a atenção da mídia nacional e internacional. Foram ao Jô Soares e matéria de capa no britânico The Times, além de outras publicações importantes pelo mundo.

Ano passado, segundo Rafael, já tinham várias propostas para publicar o livro. Escolheu primeiro publicar lá fora e o livro está entre os mais vendidos na Amazon. Foi lançado aqui em São Paulo na livraria Cultura do Villa Lobos no dia 14 de novembro com a presença de Jimmy.

Eles fizeram tanto sucesso que chamaram a atenção da própria e famosa marca Jimmy Choo.
Foram convidados para criar uma coleção cápsula que ficou incrível.
Jimmy é um fofo.

 

Confiram o vídeo da marca.
Estrelando Jimmy Choo (o cão)

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Descrição: Informações retiradas no site da Saraiva.
O cão que virou sensação na internet e no mundo da moda.
Jimmy Choo é um bull terrier branco com as orelhas avermelhadas. Não era o mais ágil da ninhada, mas tomou a iniciativa de escolher como dono o publicitário Rafael Mantesso. Com o fim de seu casamento, Rafael se viu num apartamento vazio, exceto pela presença de Jimmy, e percebeu que estava cercado de um amor incondicional. Espantou a melancolia e redescobriu o prazer de desenhar, usando seu traço para transformar seu parceiro inseparável em modelo para fotos bem-humoradas, cheias de referências pop e clicadas com estilo despojado e inconfundível. Nelas, Jimmy pode fazer qualquer coisa: pratica surfe, vira equilibrista, contracena com estrelas de cinema, transforma-se num perigoso tubarão e até no Super-Homem.
As imagens foram parar no Instagram e conquistaram milhares de fãs no mundo inteiro, entre eles o ator americano Ashton Kutcher, que divulgou as fotos. Em pouco tempo, Rafael Mantesso e Jimmy Choo se transformaram em sensação na internet, despertando a atenção de veículos estrangeiros como The Huffington Post, USA Today e Daily Mail — foram, inclusive, matéria de capa no britânico The Times. O simpático bull terrier inspirou uma linha de produtos criados pela grife de acessórios Jimmy Choo.

Características
PESO 0.44 Kg
EDITORA Intrinseca
I.S.B.N. 9788580578065
ALTURA 20.80 cm
LARGURA 20.80 cm
PROFUNDIDADE 2.60 cm
NÚMERO DE PÁGINAS 168
IDIOMA Português
ACABAMENTO Brochura
CÓD. BARRAS 9788580578065
ANO DA EDIÇÃO 2015
AUTORMantesso, Rafael

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Vestidos em Algodão para as Meninas do Sertão

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Oi amigos, hoje quero compartilhar com vocês um projeto que conheci através da Maria Cininha ( que vocês já conhecem por este post aqui que fiz para o Consuelo Blog)

Este projeto foi criado por Theresa Maria, uma senhora da cidade de Recife que resolveu costurar um vestidinho por dia em algodão para as meninas do sertão. Inspirada em outra senhora, de 99 anos,  chamada Lilian Weber que se propôs  costurar 1000 vestidos antes de completar 100 anos.
Fico pensando por que este projeto me encantou tanto?  Que faísca se acendeu em mim?
Eu realmente amei a ideia, fiquei admirada com a  senhora que serviu de inspiração, com a beleza, a criatividade, a belezura das Marias da Maria Cininha, com os vestidinhos feitos com capricho, com as meninas do sertão, com a imagem do dia da entrega dos vestidinhos…
Sim, tudo isto me encantou, mas talvez, o que mais tenha tocado meu coração,  tenha sido a questão do tempo.
O de tirar tempo para o outro.
Outro dia a Consuelo, do Consuelo Blog,  escreveu sobre como organizar nosso tempo pra  conseguirmos cumprir nossas metas, organizar nosso trabalho que amamos, cuidar de nós mesmas e ainda dar atenção para nossos queridos? Para ler este post da Consuelo, clique aqui.
Aí eu me pergunto: como dar conta de tudo isto e ainda pensar em tirar tempo para o próximo, que na verdade nem é tão próximo ?
Fiquei imaginando esta  senhora americana, que serviu de inspiração.  Pela lógica, com 99 anos não temos muito tempo de vida, cada segundo é um tesouro. Daí, a pessoa tem uma ideia beneficente e tira seu tempo precioso pra se dedicar a alguém que nunca viu?!
Tempo pensando num bem maior, numa sociedade, num planeta, numa vida.
Não é algo incrível?!!
Fiz umas perguntas pra Maria Cininha, que também dedica grande parte de seu tempo à este projeto,
Cininha tem participação ativa, criou a identidade de Vestidinhos de algodão para as meninas do Sertão, a página no facebook, alimenta o blog com notícias e emprestou suas Marias para que a cada 1000 curtidas no facebook, um vestidinho com a imagem delas fosse criado. Já são muitos vestidos comemorativos com a imagem das Marias da artista.
Alguns dos vestidos comemorativos:
vestidinhoscomemorativos (1)
vestidocomemorativo2
Vamos saber mais:
Cininha, fale sobre o projeto “Vestidos em Algodão para as Meninas do sertão”e como você o conheceu?
Da disposição e solidariedade de Thereza Maria, nasceu este projeto, logo Aída  Nejaim também se engajou e hoje ambas estão a frente do projeto. Tem como objetivo costurar um vestido por dia em algodão para as meninas do sertão de Pernambuco. Abrange crianças de 02 à 12 anos… Hoje este time cresceu muitos e temos mais pessoas, de todo Brasil,  costurando um vestido por dia, ou um por semana, ou conforme a disponibilidade. E não faríamos nada disso sem as nossas preciosas colaboradoras… que doam tecido, linhas, rendas, fitas, aviamentos, botões… Da menor a maior todas as doações são importantes para manter este projeto.
Obs:. Thereza Maria se inspirou no projeto de Lillian Weber uma senhora americana que se propôs costurar  1000 vestidos para as meninas da Africa até o seu aniversário de 100 anos. Thereza afirma que Dona Lillian é sua musa inspiradora.
 
 Eu fui convidada por Thereza Maria logo no começo de março para fazer parte do projeto juntamente com as Marias que fazem a divulgação e emprestam a identidade para o projeto, de tal forma que a cada 1000 curtidas na página do facebook do projeto um vestido é criado com uma das Marias e ficam uma formosura.  Já são 15.000 e 15 vestidos com Marias. Por isso tudo ganhei o status de fada madrinha do projeto o que muito me envaidece.
O que te emociona neste projeto?
Para mim o mais emocionante é o respeito à estas meninas… o capricho com o qual cada vestidinho é criado, cada detalhe, as combinações de cores, verdadeiros vestidos de grife. Como costumo dizer é como se cada menina não fosse uma desconhecida, mas uma garotinha que está esperando paciente e encantada sentada ao lado de quem costura…rsrsrs
Outra coisa os vestidos não se repetem cada um é único, isso reafirma o que disse acima, respeito a uma menina mesmo que quem costure não conheça a cor dos seus olhos ou o seu jeito de andar. Isso é tudo de bom!
Dá tempo de ajudar?
Sim, dá tempo de ajudar!
Para os vestidos temos muito material. Estendemos o projeto para os meninos e também conseguimos muitas camisetas que foram estampadas especialmente para eles. Hoje precisamos de bermudas e cuecas  de 02 a 12 anos,
Endereço para entrega:
Praça da República 465 conjunto 63
São Paulo SP CEP 01045-001
oscaras1
As camisetas para os meninos:
camisetasparaosmeninos
Quando acontecerá a entrega para as crianças?
Novembro e dezembro.
Um detalhe: as organizadoras não pedem nenhuma contribuição em dinheiro. Toda a colaboração recebida foi e continua sendo em material.
Clicando no facebook aqui é só entrar  e curtir ajudando a divulgar e inspirando outras pessoas a fazer coisas semelhantes. Não vamos esperar acontecer, vamos fazer acontecer. E o blog aqui.
Queridos amigos,
Toda vez que eu penso em tempo, penso em tempo pra mim.
Tempo pra não fazer nada, pra dormir, pra viajar, pra estudar, pra estar mais com minha família e amigos…
Talvez por isto, eu ache tão sensacional este projeto.
 Eu gostaria muito de tirar parte do meu tempo para pensar além de mim e do que já amo e contribuir de alguma forma com projetos como este.
Só não digo que vou conseguir costurar um vestidinho por dia… Será que serve um post?

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Big Eyes de Tim Burton – Oscar 2015

Hoje é dia de Oscar. Premiação anual americana dedicada ao cinema.
Vários filmes bons!!
Até agora vi dois, Whiplash(excelente!!) e Big Eyes de Tim Burton. Gosto muito do diretor, mas o filme não lembra os efeitos fantásticos que fazem parte da universo dele, talvez uma única cena mostre sua criatividade… A dos olhos grandes…

É um filme baseado em uma história real, da pintora Margareth Keane e seu segundo marido Walter Keane. Eu gostei do filme, mas poderia ter sido melhor, a vida deles é muito interessante e o filme representa a história sem grandes surpresas. Os atores também são bons, mas sem momentos incríveis.
Interessante ver como o marketing levanta um artista e suas obras. Walter apesar de assumir a autoria das obras, tem o talento inegável para a promoção de seu próprio nome e das obras.

A sinopse do filme:

Não recomendado para menores de 12 anos
O drama da pintora Margaret Keane (Amy Adams), uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores. Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o verdadeiro autor de suas obras.
Título original:Big Eyes
Distribuidor:PARIS FILMES
Ano de produção:2014

“A história por trás de Grandes Olhos é extraordinária: Margaret Ulbrich é uma pintora insegura, mãe solteira, até descobrir o carismático Walter Keane e se casar. Ela cria obras populares de crianças com grandes olhos, mas Walter passa a assumir publicamente a autoria das obras, com a conivência da esposa. Dez anos mais tarde, ela decide processá-lo na justiça para retomar o direito de seus próprios quadros. Mas como todos teriam acreditado nessa farsa durante tanto tempo? Por que Margaret teria se deixado levar pelo esquema? Estas são algumas das questões fascinantes levantadas pela história.”

Algumas de suas telas.

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A pintora Margareth Keane.

Trailler aqui

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