Monthly Archives: October 2014

Jeff Koons – Isto é Arte?

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Visitei a primeira retrospectiva do artista Jeff Koons no último dia de exposição (19 de outubro de 2014), no Whitney Museum em New York. Com esta mostra, o museu encerra suas atividades neste prédio(que passa a ser do Metropolitan Museum) e está de mudança para o Meatpacking District. Abre as novas portas em 2015.

Fui acompanhando todo o percurso com um audio guia e escutando o próprio JK falar sobre sua obras, além de críticos e curadores. Muito do que ouvi e vi foi novidade pra mim.

Por exemplo: saber que esta escultura do casal com os cachorrinhos foi um caso levado aos tribunais, onde se discutia o direito de Jeff Koons usar a foto produzida por outro artista. JK transformou a cena captada pela foto e com algumas modificações fez a escultura.
Jeff Koons perdeu o processo.

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Jeff Koons é um artista polêmico, sempre foi.
É também o artista vivo, que com a obra Balloon Dog (laranja) alcançou o maior valor em um leilão.Foi comprada no ano passado por US$ 58,4milhões.

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A exposição foi montada em quatro andares e em ordem cronológica.

Trabalhos bem ousados, em poses sexuais dele e da conhecida atriz pornô italiana Cicciolina, nus, fazem parte. Made in heaven. Koons contratou Cicciolina para as fotos, mas, segundo ele, se apaixonaram e acabaram casando, com ela teve um filho.

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Hoje, ele é casado com uma artista que trabalhava em seu atelier e tem seis filhos.

A qualidade técnica de suas obras é indiscutível.
Uma de suas esculturas mais recentes foi baseada em massinha de modelar. Gigante, 3,30M, foi preciso que tirassem a porta da frente do museu para que ela pudesse entrar. Segundo o artista, tudo começou, em 1990, quando seu filho o chamou para mostrar orgulhoso, a torre feita com as massinhas. JK achou perfeita e disse: É isto que quero fazer. Demorou 20 anos para terminar. A obra que já estava comprada por um colecionador, que esperava pra ver o resultado, foi finalizada em aluminio e tinta.

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Play-doh 1994-2014

A ilusão, o reflexo, o sexo, a reprodução de personalidades, como Michael Jackson e o macaco, aspirador de pó em vitrines, bolas de basquete, torradeira, o famoso Balloon Dog.
Materiais diferentes para objetos comuns do cotidiano.

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Ao olharmos para as obras de Jeff Koons e falarmos sobre arte contemporânea, voltamos ao ponto onde o que importa é a ideia, o discurso teórico. Não é necessariamente preciso saber fazer, pintar, esculpir, não tem problema se outro produzir. O que importa é o que idealizamos.
Koons tem um exercito de assistentes. Dizem que mantém entre 90 e 120 assistentes em seu studio no Chelsea.

Em toda a exposição, acredito que muitas pessoas pensaram:
E isto é arte?

Para quem não teve oportunidade de ver em New York, a exposição segue para o Centro Pompidou, em Paris e depois para o Guggenheim em Bilbao.
#ficaadica


Coisas que você talvez não saiba sobre Jeff Koons, clique aqui:

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Filed under Exposições, Nova York

O que dar pra mamãe?

Recebi um release da Granado e lembrei de um post que não publiquei.
Na época do dia das mães, recebi um release também da Granado e pretendia sugerir alguns produtos dizendo que apesar de sabermos que a data é por motivos comerciais, todo dia é dia de agradar uma mamãe e por que não aproveitar esta data já estabelecida no calendário pra ficar perto da pessoa que merece todos os mimos e comprar algo especial?

Passou, não publiquei e hoje quando comecei a ler fiquei pensando na ENORME importância da mãe na nossa vida, em como é bom ter mãe, como é maravilhoso amadurecer e poder fortalecer o relacionamento.

Lembrei também de uma história que escutei, não sei se é verdadeira, de um jovem que teve que passar dias no hospital com sua mãe doente e o médico disse que ajudaria muito se o filho pudesse ler sobre assuntos que a senhora gostava, trazer a flor que ela achava mais bonita, perfumá-la com o seu perfume preferido, trazer sua comida predileta. O filho, surpreso com o pedido do médico: mas Doutor, eu não sei nada disto, nunca prestei atenção, nunca tive tempo e curiosidade sobre quem era minha mãe além de ser minha mãe.

Queridos, não desperdicem um dia, um email, uma mensagem de texto, uma ligação, uma palavrinha, não deixem que suas mamães sintam-se invisíveis.
Não sou ainda a filha que eu gostaria de ser, sou cheia de falhas, mas sei que não quero desperdiçar tempo precioso sem mostrar pra minha mãe o que ela significa pra mim e que desejo conhecê-la profundamente.

Agora sobre os presentes:
A atenção de um filho mostra que somos amadas e isto é o maior dos presentes.
Claro que atenção acompanhada de um perfume, um sapatinho, um livro, um bolo de morango ou um brilhantinho, é felicidade completa!!

Beijos aos amigos que tiram tempo pra ler o que escrevo.

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Madonna and Child

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Filed under Mulheres que fazem a diferença, pessoas que fazem a diferença

Granado inaugura loja temporária no Iguatemi Faria Lima – hoje!!

Olha que notícia boa!!
Já pra começar a pensar nos presentes de Natal!

Granado inaugura loja temporária no Iguatemi Faria Lima

Na segunda quinzena de outubro, a Granado ocupará uma área com 157m² no Shopping Iguatemi Faria Lima, onde funcionará, por dois meses, a maior loja da marca em todo o Brasil! Os clientes poderão encontrar o mix completo de produtos Granado e Phebo, que soma cerca de 600 itens. Os destaques serão os já tradicionais kits de Natal, desenvolvidos especialmente para a data. Latas de metal, caixas sofisticadas, nécessaires e acessórios transformam os produtos em opções de presentes para toda a família.
O projeto será diferente do das lojas conceito, mas manterá a identidade retro da marca. No espaço será recriado um armazém com características da época da chegada da Família Imperial Portuguesa no Rio de Janeiro. A decoração será feita com pallets de madeira (inclusive as paredes), caixotes, balanças de carga originais, placas esmaltadas, frascos de vidro etc. Para completar o clima rústico, a Rádio Ibiza fará uma seleção musical vintage.
A loja temporária oferecerá ainda uma programação diversificada. A cada semana será organizado um evento: lançamentos de produtos, palestras, workshops, bate-papo com blogueiras, e ações com as linhas de Maquiagem Phebo e Pink Granado.
Esta será a sétima loja própria da Granado na cidade de São Paulo, que já está presente nos Jardins, Shopping Vila Olímpia, Hotel Grand Hyatt, Shopping Ibirapuera, Morumbi Shopping e Shopping Eldorado. Segundo Sissi Freeman, Diretora de Marketing e Vendas, “com a loja ganharemos maior visibilidade, e também aumentaremos as vendas na época mais importante para o varejo. Percebemos que com as lojas, as vendas para as farmácias e supermercados também crescem. No início de novembro, já teremos diversos kits de presentes no mercado, tanto na área comercial quanto nas lojas conceito“.
Os produtos Granado podem ser encontrados nas 35 lojas localizadas nas principais cidades de 14 Estados brasileiros, nos principais supermercados e farmácias, e através da loja virtual www.granado.com.br.
Serviço:
Shopping Iguatemi
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232/Piso Superior
Jardim Paulistano
Funcionamento até o dia 31 de dezembro de 2014.

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Filed under publieditorial, São Paulo

“Vanitas vanitatum et omnia Vanitas” (Vaidade das vaidades, tudo é vaidade) Eclesiastes por Luciene Felix Lamy

Queridos, este post era para ser publicado ontem no dia do professor para homenagear uma professora, educadora e filosófa incrível, a Luciene Felix Lamy, que por sorte é nossa colaboradora. Mas, como todo dia é dia de homenagear quem tem o dom de transmitir conhecimento aqui vai:
Parabéns querida Luciene!! É o maior orgulho pra mim ter seus textos e análises publicados no blog.

Para quem ainda não teve oportunidade, clique aqui pra ler o primeiro post que publicamos, o segundo clique aqui e para conhecer mais sobre a Lu e sobre o que ela escreve clique aqui.

Leiam vocês mesmos com seus próprios olhos e vejam porque vale a pena acompanhar cada texto dela.
Boa leitura e reflexão!
Aguardamos os comentários!

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São Jerônimo (que traduziu a bíblia do hebraico e aramaico para o grego e o latim) por Caravaggio (1605-6), Galleria Borghese, Roma.

O tempo muda, e com ele, emerge novos conceitos, que respaldados pelo “zeitgeist” vigente impõe-se como modismo. Alguns modismos, como os “Vanitas”, se tornam “clássicos”.

Em tempos d’outrora, distintivo (“chique”) mesmo era pendurar um enigmático “Vanitas” na parede da biblioteca (ocupada hoje pelo home-teather) e ter assim, assunto para se encetar uma boa prosa filosófica (vida, morte e tempo), enquanto se finalizava o agradável jantar saboreando um licor.

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Harmen Steenwijk – 1640

Mas, o que é um “Vanitas”? Um “Vanitas” (do latim, vacuidade, futilidade, algo vão, sem valor) é a representação dramática de um gênero singular de natureza morta surgida no norte da Europa e países baixos nos séculos XVI e XVII com forte conteúdo simbólico de cunho moralizante que busca chamar a atenção para o quão efêmera é a vida, fugidios seus prazeres, vãs suas glórias e para a irreversibilidade da condição que nos distingue do Criador: mortais.

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Pieter Gerritsz – 1630

Com o enaltecimento dos “Vanitas”, o gênero “natureza-morta” – o patinho feio da pintura –, tão apreciado pelos holandeses, foi alçado a patamar de honra. A morte era uma realidade muito próxima e os pregadores calvinistas eram fascinados pelos interditos do Livro de Eclesiastes, no Velho Testamento. Do ponto de vista filosófico, arrisco dizer que o gênero é “Existencialista”.

Uma obra dessa natureza, que é um imperativo chamado para reflexão sobre valores, expressava que a alma do detentor estava consciente da insignificância da vaidade humana. O paradoxo é que se pagava muito caro por tamanha insígnia de sapiência: ostentar um “Vanitas” era caríssimo, acessível somente às pessoas de posses.

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Hendrik Andriessen – 1650

Nesse tipo de obra, explicitando perecividade e finitude, observamos a presença de figuras que aludem e contrapõe: 1) vida terrestre espiritual e contemplativa e, 2) vida terrestre hedonista, luxuriosa e sensual.

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Pieter Claesz – 1625

São recorrentes, então, insígnias de poder (colunas clássicas, coroas, tiaras, mitras, medalhas, elmos, escudos, emblemas heráldicos, espadas e outros adereços que remetam à honra), símbolos de fortuna e riqueza (moedas de ouro ou prata, tecidos requintados, sedas, veludos, bordados e brocados, pedras preciosas, pérolas, conchas e outros objetos preciosos), referências aos prazeres libidinais e luxuriosos (espelhos, cartas de baralho, vinhos, instrumentos musicais tais como flautas e charamelas), alusões à perecividade (flores frescas ou já murchando, frutas suculentas ou apodrecidas, relógios, ampulhetas, bolhas de sabão, borboletas, fio de vela já se apagando), além dos emblemas de imortalidade (livro) e de finitude (o crânio humano), impondo o inexorável destino comum a todos nós, que é morrer.

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Adriaen van Utrecht – 1642

Condenador dos prazeres mundanos, pois erigido sob o solo do discurso de cunho religioso moralizante de apelativo fervor puritano, o melancólico “Vanitas” encontra respaldo na Bíblia judaico-cristã.

De lá para cá, muitas caveiras se passaram e o uso alegórico do crânio ganhou outros significados (que o diga o renomado estilista brasileiro, Alexandre Herchcovitch). E isso porque, a visão que temos da morte passa por “n” perspectivas: temor, respeito, angústia, perturbação, sarcasmo, cinismo, deboche e até provocação. Diante dela, difícil é ser indiferente. Independente disso, intensamente expressiva em suas representações, a morte paira a espreita, triunfa sobre as frivolidades mundanas, sejam quais forem e, alheia ao que pensemos que seja, é o que é.

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Edwaert Collier – 1693

Ao passar todo esse sermão através das pinceladas, um “Vanitas” pretende repreender a ignorância sobre os falsos valores, advertindo que: “(…) os seus vícios e horrores, as suas paixões desonestas, desvairadas de cegas, funestas, os seus apetites venais insaciáveis, as suas perigosas irracionalidades, as suas pulsões inconfessáveis (…)”, tem um fim. Esse é o drama.

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Philippe de Champaigne – 1671

Tela e pincéis em mãos, escolha os elementos, desenhe e pinte o SEU “Vanitas”, afinal, a obra é o que permanece.

Blog da Luciene:
http://lucienefelix.blogspot.com/

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It’s not what you look at that matters, it’s what you see. Henry David Thoreau

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Centro de Artes Visuais em Nashville sediado em um edificio onde anteriormente funcionava o correio.
It’s not what you look at that matters, it’s what you see. Henry David Thoreau
Li esta frase no Museu e coincidentemente o post que eu estava preparando tinha uma relação com o sentido do que Henry David Thoreau escreveu.

Quando comecei a escrever, estava pensando em mim, em como sou quando viajo, as sensaçōes que tenho, em como me comporto. É um pouco infantil, eu sei 🙂 mas sempre me sinto como se estivesse entrando em um filme, como se não fosse real, então fico mais atenta! Dá vontade de fotografar, visitar os museus, saber da história do lugar, sentar um pouco na praça ou em um café, ver as pessoas que circulam por ali e esperar a próxima cena.
A vida parece tão interessante…

Gostaria de me educar, treinar meus olhos e minha alma pra, na vida “real”, olhar com olhos de quem vê pela primeira vez, olhar e enxergar, de verdade, todos os dias.
A curiosidade, a surpresa, a descoberta… A vida é interessante.

Confesso que não presto muito atenção e ando no automático grande parte do tempo, tudo bem que, em tempos de stress, deletamos pra não sobrecarregar nossa já tão atribulada agenda; mas não podemos perder o que se passa diante dos nossos olhos, afinal, é o nosso próprio roteiro se desenrolando e caminhando para o final.
Sim amigos, sempre chega ao final 🙁

Minha experiência nestes dias foi em um cidade americana, Nashville, cidade country, música ao vivo em todos os bares e restaurantes, o dia inteiro.
Quase nada de trânsito no centro, muita música, muitas botas, muito turista.
Excelentes hotéis, museus, estádio enorme, facilidade de transporte, tudo o que esperamos de uma cidade.
Agora olha esta foto e me diz se não parece um cenário de filme?!

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Os doces na rua principal:

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Tentação:

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Viemos para participar do evento Dog Art for Old Friends inspirado no nosso dog.art
Cinco queridos e talentosos artistas criaram em prol dos idosos cachorrinhos americanos.
Aqui estão eles: (lembre-se que o que importa não é o que você olha, mas o você vê!!)

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dogart de Licia Pacífico

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dogart “Alert” de Virginia Sé

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dogart de Maramgoni

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dogart dog-bird de Eliara Bevilacqua

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dogart Refletivo de Daniel Fontoura

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