Fazendo uma visita ao site da Fortes Vilaça ( galeria em São Paulo que representa Vik Muniz, Beatriz Milhazes, Luiz Zerbini, Ernesto Neto, entre outros – como tem gente boa lá!!)
Pensei no Ernesto Neto – não que o tenha esquecido, pois este nosso artista está em alta.
Considerado um talentoso e influente artista contemporâneo, em 2009, surpreendeu com instalações marcantes e com mais reconhecimento. Fez a Exposição “Anthropodino” no The Park Avenue Armory – que pude visitar, pois na época estávamos em Nova York com a Exposição Onze Vezes Brasil.
Na Mostra uma enorme escultura feita com tule de nylon, tecido translúcido, como meias, e dentro dela temperos diferentes, tinha canela, gengibre, pimenta, curry. Um convite para que as pessoas tocassem, cheirassem, andassem por tudo, uma grande obra interativa.
Quando chegamos na parte da pimenta, avisaram para que tivéssemos cuidado com os olhos.
Parecia um dinossauro, com cheiros diferentes, com as cores dos temperos que manchavam o tecido, os volumes e a transparência.
E foi interessante observar os visitantes, gente de toda idade, jovens, senhores e senhoras, casais com suas crianças entrando e saindo da escultura, como se fosse um brinquedão. E não só as crianças, os adultos também faziam o percurso.
Agora em 2010, sua obra “Navedenga“, que foi adquirida pelo MOMA há três anos e que ainda não tinha sido exposta, pode ser vista até 26 de abril em uma sala especialmente para ela.
Este trabalho também feito em lycra, tem grande dimensão e faz parte de uma série que nos remete ao corpo humano, ao orgânico, a texturas e cheiros – nesta tem cravos aromáticos, nos” lembra uma nave e também um útero materno”, palavras vindas do MOMA.
Não fui ainda, mas pelo que dá pra ver, tem passeio de novo dentro da obra.
Mais um brasileiro de talento na história.
Muito bom!!