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Adorável Desgraçada

Este é o nome do primeiro monólogo de  Débora Duarte e que estréia dia 05 de agosto no Teatro Cultura Artística no Itaim, em São Paulo.

Tive a oportunidade de estar  na coletiva de imprensa,  dia 03 de agosto e  pude conversar um pouco com Débora.(fui a primeira a sentar e conversar com a atriz)

A peça Adorável Desgraçada é um texto de  Leilah Assumpção e conta com a direção de Otávio Muller: Guta, uma mulher na faixa dos 40 anos que viveu a vida que lhe foi imposta, presa a valores rígidos, tem seus sentimentos mais ocultos, guardados e vigiados, aflorados  com a chegada da amiga de infância Maribel.

Sentimentos, lembranças e críticas à sua melhor amiga  que viveu o seu oposto, constroem a história, onde inveja, competição, covardia, generosidade, amizade, amor e principalmente a solidão se fazem bem presentes.

A solidão da vida se parece muito com a solidão do espaço cênico. Guta sozinha no apartamento, a atriz sozinha no palco. E entre sentir solidão e compreender a solidão vai um longo caminho…reconhecendo que somos companheiros de nós mesmos. Nós é que sempre nos daremos a deixa para a fala seguinte. A vida é um monólogo ininterrupto do começo ao fim”. (trecho extraído do catálogo do espetáculo)

Na conversa com Débora, falamos  sobre se enxergar  a partir do outro, amigo ou não e isto como um fator psicológico do ser humano, Débora  vê  Maribel, como um alter ego(outro eu ou um eu diferente – aquilo que a pessoa não revela sobre si mesma) de Guta, mas acredita que o texto vai além disto.

Falamos sobre como uma peça permite diferentes interpretações de acordo com a vivência, experiência e sentimentos de cada um que assiste, o teatro não é estático, é uma experiência viva, por isto não se pode generalizar, dizendo é isto e ponto, o personagem amadurece a cada apresentação, é esculpido dia a dia.

“E muda a cada dia, porque as pessoas não são as mesmas e nem eu sou a mesma”.

Experiente, segura e generosa com a personagem, com certeza encontrou um caminho para, com uma interpretação primorosa, contar as ” histórias desgastadas de Guta”, histórias repetidas à exaustão nestes 40 anos,  (que em algum momento podem ser as minhas ou as suas), e quem sabe dar uma reviravolta – ainda não conheço o final.

E terminando,  perguntei para Débora Duarte qual a sensação de atuar no seu primeiro monólogo e a resposta:

“Sinto como um músico, no palco, solando o seu instrumento”

Perfeito!

Otávio Muller e Débora Duarte

Personagens:
Guta Mello Santos, de 40 a 50 anos.Tímida, introvertida. Ingênua. Apagada e “pequena”.
Maribel, melhor amiga de Guta. Extrovertida e interessante, segura.
Silveirinha, bonito, distante, inatingível.
Teresa, chefe de Guta e amiga de infância.
Seu Simão, o porteiro do prédio de Guta.
Casal de vizinhos.

Débora Duarte
Adorável Desgraçada
de Leilah Assumpção
Direção: Otávio Muller

Cultura Artística – Itaim
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1830 – Itaim

Horários:
Sextas-feiras 21:30
Sábados 21:00
Domingos 18:00
Ingressos:
Sextas e Domingos R$ 60
Sábados R$ 70

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Eu quero esta realidade: Mais Teatro Brasil!

Com 18 anos participei do Teatro Escola Drama Visão com Maria Isabel Setti e isto me aproximou bastante desta forma de Expressão.

Todo o processo me  encanta:  a escolha do texto, o estudo do autor, dos personagens, dos motivos dos personagens, as emoções expostas dos atores, os exercícios físicos, mentais e vocais, cenários, montagem e apresentação.

A vivência de quem faz e de quem assiste é única.

Teatro, como toda arte, produz uma faísca, que te conecta aquilo, te emociona, faz compartilhar, viver, se  emocionar.

Então, como teatro faz parte da minha vida, gostei muito quando fui convidada por Liliane Ferrari, que é uma das embaixadoras desta campanha – Mais Teatro Brasil, para participar desta blogagem coletiva.

Esta nossa mobilização é para que, com o maior número de assinaturas, possamos conquistar  junto ao Congresso Nacional, uma lei por iniciativa popular, onde municípios com mais de 25.000 habitantes tenham direito garantido a Centros Integrados de Cultura para a apresentação e produção de teatro.

E conquistando estes espaços, conquistamos tudo o que vem junto: pois teatro tem literatura, tem dança, tem música,  tem psicologia, tem performance, tem interação, tem cenário, tem produção visual, tem figurino.

Assim criamos  oficinas para jovens, bibliotecas, vídeoteca, oportunidade para mais  companhias de teatro com suas produções e a divulgação de propostas inovadoras com da Empresa Cennarium que transmite teatro pela web e é a responsável pela iniciativa do abaixo-assinado.

Teatro pela Web é uma proposta bem contemporânea e mais uma forma de inclusão social e cultural, superando fronteiras e ampliando horizontes.

Deixo aqui registrado o meu apoio total a esta campanha e convido a todos os que acreditam que através da arte nos tornamos mais informados, mais cultos, mais engajados, mais humanos,  a todos que acreditam que a arte é um caminho para a transformação de uma sociedade, a se envolverem também: participando do abaixo-assinado, colocando posts em seus blogs, fazendo o que estiver ao seu alcance.

Somando o  que cada um pode fazer, nos multiplicamos em força para modificar uma estrutura,  para abalar geral.

Eu quero esta realidade pra nós. Teatro tem que ser pra todo mundo.

Mais Teatro Brasil!!

Clique no link e dê a sua força.

http://www.maisteatrobrasil.com.br/

Esta é uma foto do final do Fantasma da Ópera, o último espetáculo que tive oportunidade de assistir. Sou a favor de produções com textos de autores nacionais, estrangeiros, textos novos, clássicos da literatura, sem preconceitos, sem barreiras.

Ah! A foto é de longe mesmo,  só para imaginar o lindo espetáculo.



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