Monthly Archives: June 2010

Polyvore – você conhece?

Há um ano conheci um site chamado Polyvore.
É uma rede social totalmente relacionada à moda para um público interessado neste segmento: um mercado poderoso.
Ali você encontra várias marcas de roupas, sapatos, acessórios, fotos, papéis de parede, artigos de decoração e mais e mais e mais…
Cria milhões de looks, coleções, arte, expressões, decorações, faz, desfaz, publica e compartilha.
Quando conheci, quebrei o mouse do meu computador de tanto clicar e arrastar imagens; quase como brincar de boneca ou preparar uma arte final recortando e colando os elementos.
Alguém deve estar pensando que não tenho o que fazer: tenho e muito!!
Mas este site é uma terapia, quando entro não penso em nada,  só no que vou inventar, nas combinações, nos looks, na parte visual.
Uma delícia!!
Imagina como deve ser também uma delícia para as marcas que estão ali e são vistas por muitas e muitas pessoas de uma forma totalmente lúdica e agradável.
Marcando pontos no quesito fixação de imagem, sem falar que todo produto tem um  link para o site da marca possibilitando a compra pelo usuário.

Em tempo: conheci uma versão brasileira http://www.bymk.com.br/

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Guiados pelo rótulo?

Num encontro com o jornalista e crítico de arte  Oscar D’Ambrósio lembramos deste texto escrito por ele e que vale muito uma reflexão, pois cabe em vários aspectos de nossa vida. Logo pensei em compartilhar aqui no blog.

Entre ratos, homens e críticos

Discutir a crítica de arte hoje constitui um desafio, já que nem o público, nem os artistas nem os próprios críticos acreditam que ela exista de fato no Brasil contemporâneo. Para desenvolver essa idéia, vamos nos valer de três auxílios: o filme Ratatouille(2007), de Brad Bird, a experiência do premiado violinista norte-americano Joshua Bell tocando incógnito no metrô de Washington, DC, EUA, e dez caminhos para o crítico do século XXI.

No filme Ratatouille, o protagonista é um rato que, com um olfato privilegiado, sonha em ser um chefe de cozinha. Quem rouba a cena, no entanto, não é o simpático protagonista, mas o personagem Anton Ego, um rigoroso crítico de gastronomia. Seu sobrenome já mostra a sua personalidade.
Ensimesmado, repleto de caras e bocas, degusta criticamente os mais variados pratos. Temido por todos, só consegue rever seus rígidos conceitos e valores ao experimentar uma receita de um prato camponês, o ratatouille, desenvolvido pelo rato – cozinheiro.
Ao sentir aquele sabor, retorna à infância e encontra na simplicidade uma forma de repensar a sua atitude perante a vida, o que inclui a recuperação da capacidade de rir.

Esse mesmo atributo de rir de si mesmo foi desenvolvido pelo violinista Joshua Bell, um dos maiores do mundo.
Ele participou, dia 12 de janeiro último, de uma experiência idealizada pelo jornal Washington Post. Usando boné, calça jeans e camiseta, tocou, durante 43 minutos, um repertório que incluía Bach, entre outros compositores. Das 1.097 pessoas que passaram à frente dele, apenas 27 deixaram dinheiro, num total de US$ 32,00, absurdamente abaixo do cachê dele, cerca de US$ 1 mil por minuto de apresentação.
Se as pessoas soubessem que aquele músico era famoso provavelmente parariam para olhar e, se ele estivesse sendo fotografado ou filmado por câmaras de televisão, certamente lhe dariam mais atenção. Em síntese, o público é cada vez mais levado pelas aparências, pelo rótulo que lê e ouve na mídia, e menos pela sua sensibilidade, pelo que, de fato, ouviu, leu ou escutou.

Porém, se um crítico de alguma instituição reconhecida, dá legitimidade a uma obra de arte, ela geralmente começa a ser aclamado por todos, que macaqueiam as palavras da “voz oficial” detentora do poder que a crítica institucionalizada, principalmente a oriunda das universidades, hoje representa. A voz do crítico, assim, se torna maior do que o ouvido ou a visão do observador.

Nesse contexto, sugiro um decálogo do crítico de arte:

1. Abolir a divisão entre arte e ciência – Ao contrário do nosso mundo marcado por especialistas em especialidades, é desejável, como ocorria no Renascimento, a busca do saber nas mais variadas áreas, não havendo sentido na divisão entre arte e ciência.
2. Acreditar no poder do homem – Ao contrário do homem medieval, que idolatrava Deus, e do tecnológico, que acredita na técnica em si mesma, é essencial valorizar o poder humano de criar, conservar e destruir o mundo e o que nele existe.
3. Tratar a arte como sopro de vida – Além da técnica, ou seja, do saber fazer, o artista a ser valorizado precisa ter vida. Isso significa estar além do virtuosismo, aliando a alma ao talento.
4. Ter contato com os mestres – Seguir um mestre, tanto para o crítico como para o artista, não é sinônimo de perda de liberdade, mas de constituição de uma base sólida para poder voar sozinho.
5. Respeitar quem trabalha por encomenda – O crítico não deve rejeitar em princípio o artista que aceita trabalhar para o mercado. Aceitá-las constitui uma forma de sobrevivência, desde que feita com honestidade intelectual e competência.
6. Planejar é tão importante quanto fazer – Torna-se fundamental acompanhar o trabalho no ateliê do artista. É ali que estão os muitos estudos e esboços – mentais ou concretos –, memórias dos trabalhos passados e matrizes dos presentes e futuros.
7. Observar os cadernos de anotações – Para conhecer um artista, uma das melhores pistas é justamente o caderno de anotações e os desenhos. Lá está a alma que fala e o gesto que comunica uma essência perante a arte e a vida.
8. Devotar-se ao detalhe – O notório saber é deixado de lado em função da mesmice decorada com títulos e quantificações de produção sem uma avaliação qualitativa adequada, que exige devoção à observação plástica dos detalhes.
9. Amar a invenção – Lembrar que o artista digno desse nome mantém viva a capacidade de estar sempre em mutação, combatendo a acomodação, principalmente quando a escola mais formata indivíduos do que os prepara para a vida.
10. Criatividade acima de tudo – Cabe ao crítico perceber o artista enquanto ele não é célebre. Isso exige a humildade de saber reconhecer o grande talento enquanto ainda ele é aparentemente pequeno.

O que é necessário são críticos humanos, capazes de ver na arte uma forma de transcender o cotidiano, não no sentido místico – ou talvez inclusive nele –, mas principalmente no estético e, acima de tudo, existencial. Isso exige humildade, atitude cada vez mais rara no mundo, inclusive – e principalmente – o da crítica.

Oscar D’Ambrosio, jornalista, mestre em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP de São Paulo, integra a Associação Internacional de Críticos de Artes (Aica – Seção Brasil)

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Casa Cor – parte I

Todo ano participo da Casa Cor e vou muitas vezes no período em que estamos com a Exposição. Quando acaba fico com a sensação que não visitei como gostaria.
Este ano decidi que será diferente, vou olhar cada dia alguns ambientes com calma e fotografar o que mais chamar minha atenção.
Coloquei a resolução em prática e comecei.
Nesta primeira parte meu olhar se voltou para os objetos: luminárias, esculturas e até escovinhas na lavandeira.

Luminárias da Scatto

Escultura colocada na fonte em frente a entrada da Casa Cor.

Duas escovas - uma loirinha, uma morena, o suporte é o corpinho, uma graça.

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Amedeo Modigliani – um dos meus favoritos.

Amedeo Modigliani, artista plástico italiano, viveu em Paris e morreu muito jovem, com 36 anos,  de tuberculose. Jeanne, sua companheira logo depois da sua morte se atirou do quinto andar, grávida de nove meses.

História bem triste de um grande artista, um dos meus preferidos, pintor de rostos alongados e de olhos que expressam um “sorriso triste”.

Acho esta frase atribuída à Modigliani tão linda quanto suas telas!
” Quando conhecer sua alma pintarei seus olhos”.

Amedeo Modigliani, Jeanne Hébuterne Sitting, 1918 Private collection, Switzerland.

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Comemoração -10 anos da Fundação Gol de Letra

Hoje, a Fundação Gol de Letra comemorou 10 anos no Hotel Unique, em São Paulo.
Eu, quando ouvia falar deles, pensava que esta fundação era somente ligada ao futebol, por ter sido criada por dois jogadores, o Raí e o Leonardo.

É mais: a base do projeto da Fundação Gol de Letra é a educação, a educação integral. Com um trabalho forte dentro da comunidade, envolvendo a assistência às famílias, abordando temáticas sociais através da arte, do esporte, da cultura, promovendo a integração, tornou-se um ponto de referência.

No catálogo de comemoração, belo catálogo por sinal,executado pelo Museu da Pessoa, a trajetória do sonho até a história real é registrada através de depoimentos, as vozes que construíram a Fundação, tudo colocado quase como se fosse um mural.

Todas as frases são especiais, vou escrever só uma para este post não virar o catálogo.
“Uma frase que acompanhou muito o meu percurso é do Jorge Amado: Pobreza é a falta de oportunidade do homem desenvolver os próprios talentos.” Beatriz Pantaleão

Parabéns a iniciativa e a concretização deste sonho que hoje é realmente uma HISTÓRIA REAL.
Vida longa para este projeto!
Ah! A celebração contou com apresentação do Simoninha com show Baile do Simonal.

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